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objetos para exceções e impedimentos

 
 

júlia santana

A série fotográfica “Objetos para exceções e impedimentos” parte da pesquisa sobre o ambiente urbano como uma vitrine para as problemáticas sociais. A cidade vem sendo equipada com todo um aparato de dispositivos que afastam e impossibilitam o uso do espaço público sobretudo pelos os grupos mais marginalizados, negando a cidade como um lugar de permanência e repouso, a limitando à mera circulação em prol de uma produtividade alienante.
As fotos foram realizadas em perambulações pela cidade de Belo Horizonte - MG, entre Outubro de 2020 e fevereiro de 2021. Nessas perambulações, buscou-se registrar como a perpetuação do controle social está, muitas vezes, na naturalização desses dispositivos hostis que se integram à paisagem urbana, não sendo mais perceptíveis aos nossos olhos.
Suficientemente anestesiados pelo torpor da rotina, do cansaço e da mesmice, já não nos chocamos mais com a violência forjada nas estacas e pedras sob os viadutos.
Surge então o desafio de romper a inconsciente naturalização, tornando essa reflexão latente através do deslocamento desses objetos para a imagem fotográfica e finalmente para os muros: Afinal, o espaço público é espaço do comum?

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